quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Uma aventura...

... no veterinário.

Miss Emma, a princesinha cá de casa, teve consulta na segunda-feira.
Objectivo: levar o terceiro e último reforço da vacina 5 funções, levar a vacina contra a raiva, aplicar pipeta anti-pulguinhas, cortar as unhas e talvez colocar o chip.
Resultado: escândalo no consultório, Emma histérica, veterinária a pedir ajuda à assistente para segurar a bicha, bicha a trepar Carlinha acima, Carlinha arranhada, trabalho feito e Emma amuada com a médica.

Normalmente o Maridão acompanha-me a estas consultas. Lá vamos os dois, qual papás de primeira viagem, levar o pimpolho ao pediatra e fazer 1900 perguntas. Desta vez ele teve uma reunião e não pôde ir. Não me preocupei minimamente porque não é nenhuma tarefa do outro mundo. E lá fomos as duas, todas lampeiras, porque aquelas vacinas significam que a menina já pode ser levada a passear este fim-de-semana e tomar um banho a sério logo depois (estou inquieta para enfiá-la na banheira!).

Na sala de espera, foi ver menina Emma especada a olhar para um gatinho bebé minúsculo no colo da respectiva dona, com ar de "que raio de coisa é aquela?". É que a Emma nunca viu um gato... Às tantas aborreceu-se (não lhe deve ter achado piada nenhuma) e começou a sacudir-se porque queria ir para o chão. Pensei que fosse vontade de fazer xixi. Toca a tirar o resguardo da mochila, a colocá-lo no chão e a pousar a menina em cima. Tipo fralda. E toda a gente a olhar para mim... A menina não fez xixi. Arruma tudo. 

Somos chamadas para o consultório. A médica faz a festa à Emma e ela enche-a de beijos. Muito sociável, a minha menina. Começamos pela manicure, pois eu não consigo fazê-lo em casa. O raio da cadela não deixa e é rápida como um rato. A médica percebeu a minha angústia, pois parecia que estava, ela própria, a tentar cortar as unhas a um boi, tamanho foi o escarcéu que a Emma fez!
Passámos para a vacina n.º 1. A Emma não estava à espera e só se apercebeu do que lhe acontecera depois do mal feito. Aninhou-se em mim. Segue-se a segunda vacina. A Emma já sabe o que lhe vão fazer e assim que tentam agarrá-la, trepa por mim acima, aos guinchos que nem doida! Alojada na minha nuca, eu sem conseguir tirá-la de lá, a assistente a tentar puxá-la, a médica também... Um filme! Leva a pica, guincha mais um bocado. A médica decide, então, que só falta aplicar a pipeta e que afinal não vamos colocar o chip porque é usada uma agulha muito grande e o mais certo é a bicha sair de lá traumatizada. Fica adiado para o próximo mês. 
Conversamos sobre a possibilidade de esterilizar a Emma e as vantagens que isso traz. A médica tenta fazer-lhe festinhas enquanto falamos, mas a bicha vira-lhe a cara. Mesmo! Encostou-se a mim e sempre que a pobre Dra. a chamava ou lhe tocava, lá ela lhe virava costas, amuada. Só visto...

Antes de virmos embora, ainda a pesámos. "No passado dia 1 ela estava com 2,500 kg certinhos", diz a veterinária enquanto a coloca na balança. "Oh, está com 3,800 kg!" diz, a rir-se. "Mas não está gorda, é muito saudável e está com o pêlo lindo!"
Concentrei-me no peso... Coméquié?! Esta lontra aumentou 1,300 kg em menos de 1 mês? Não admira... come como se não houvesse amanhã!

Chega-te Domingo, que a Emma vai dar um passeio daqueles! É que apesar de "gorducha", tem uma energia que não se esgota... e as minhas pilhas são fracas.

Realidade alternativa

Parece que quanto mais cedo me deito, piores são as minhas noites.
Tenho feito um esforço para adoptar horários de pessoa normal e, à conta disso, nos últimos 3 dias tenho ido deitar-me antes das 00:00. Seria de esperar que acordar cedo fosse mais fácil ou mesmo que tivesse um sono mais descansado. Nada disso! Levo o tempo todo a sonhar! E cada sonho mais estapafúrdio que o outro. 

O sonho de ontem metia o Lenny Kravitz em modo stalker, apaixonado por mim, enquanto eu não lhe ligava nenhuma. O rapaz, frustrado, muniu-se de uma arma e fez uns quantos reféns, eu incluída. Queria levar-me não sei para onde. Depois chegou a polícia, mas os tiros que disparavam eram de bolinhas amarelas de borracha. Às tantas aparece um cão (aparentemente, a Emma) enorme, todo branco, e eu comento o quanto ele cresceu (isto é trauma pós-consulta no veterinário, só pode!). Não me lembro de como o sonho acabou (devia ter escrito isto ontem, bolas!).

O sonho desta noite foi bem mais enervante, comigo a atirar tudo pelo ar, a gritar com toda a gente, a dar porrada e a insultá-los, proferindo impropérios como "piolhosos" e "pulguentos" (mais trauma pós-vet).

Conclusão: tenho dormido mais horas, mas acordado mais cansada.
O meu ritmo biológico não se adapta a esta suposta "normalidade".
E que raio de universo paralelo é este que a minha mente cria? Será que um copito ao deitar é capaz de anestesiar estes meus loucos neurónios? É que isto de viver duas vidas cansa...!




domingo, 28 de outubro de 2012

Distraido...?

Este não é um post sobre a mudança da hora (desde ontem que não leio outra coisa!), mas sim sobre a capacidade que o meu marido possui de bloquear por completo as coisas que lhe digo.

Local: sala
Hora: 00:30
Carlinha: Mô, não te esqueças de que a hora mudou. Fui à cozinha e o relógio do forno já está actualizado.
Maridão (dormindo, mas a fingir que não): Eu sei... já toda a gente disse isso. Não sabias que a hora mudava?
Carlinha (suspirando e encolhendo os ombros): Sabia. Só estou a relembrar-te para amanhã de manhã não te enganares.

Local: quarto
Hora: 08:50
Maridão (cheio de pica e com a Emma ao colo): Bom dia, dona! Já são 10:00 e está um dia lindo de sol! Vamos acordar e brincar no terraço?
Carlinha (em murder mode e podre de sono): Ainda nem são 09:00 da manhã...! WTF? 
Maridão: Ah, é verdade! Esqueci-me.


Enfim...




sexta-feira, 26 de outubro de 2012

A maternidade

[este post contém imagens não aconselhadas a pessoas facilmente impressionáveis]

Deve ser encarada como um privilégio e não como um fardo. Deve ser uma opção e não o resultado de um descuido. Há mulheres que não anseiam por ela, que não se imaginam grávidas e que escolhem não ter filhos. Quando feita conscientemente, é uma escolha perfeitamente válida. E rejeito todos os argumentos que a encarem como "egoísmo".

Embora reconheça que possam existir muitas dificuldades, sacrifícios e encargos associados, eu acredito que um filho é uma recompensa que supera todo o esforço. Por isso não compreendo o aborto, o abandono, os maus-tratos, a negligência, a falta de amor... O próprio facto de se entregar uma criança para adopção faz-me uma certa confusão. Do ponto de vista da mãe que não a quer, não daquela que não pode tê-la consigo. Essas, eu admiro. Por serem capazes de optar pela vida do filho e não pela via (mais) fácil. Por serem capazes de o terem dentro de si durante nove meses, a senti-lo, a alimentá-lo, a amá-lo, até... para depois terem de o colocar nos braços de outra pessoa só para lhe proporcionar uma vida diferente (e, sobretudo, melhor) daquela que eventualmente poderiam. 

Mas há aquelas que levam toda a gravidez a pensar naquele ser como uma "coisa" que está alojada dentro de si por algum tempo; um hospedeiro indesejado; um parasita do qual vai conseguir livrar-se assim que o "puser fora". 

Sempre ouvi dizer que "há cadelas que tratam melhor os filhos do que certas mulheres". Eu diria mais: a generalidade dos animais quer é proteger, salvar, tratar como deve ser as suas crias. Porque as entendem como suas. Porque percebem ser uma responsabilidade que impende sobre eles próprios. Porque as amam.
Daí que não consiga evitar pensar que isto anda tudo ao contrário quando vejo criaturas anormalmente humanas a tratar os filhos como se fossem bonecos descartáveis, pedaços de cartão ou embalagens usadas.

Encontrei este vídeo por acaso na internet:


Dei por mim a falar para o computador como uma velha fala para a telenovela (palavras do Maridão). Doeu-me a alma assistir ao desespero desta mãe perante a possibilidade de ver que o filho que acomodou no ventre durante cerca 22 meses (!) está afinal morto. É impressionante como ela parece aflita quando percebe que a cria não se mexe. Os pontapés nervosos que ela lhe dá são o equivalente às palmadas que recebem nas maternidades os bebés que não choram imediatamente ao nascer. Levanta-lhe a cabeça para se certificar de que pode respirar. Esta é uma MÃE. E por isso a sua história tem um final feliz.

Falo de um elefante. Não concebo sequer a ideia de chamar "animal" às fulanas que fazem isto aos seus filhos:



Que as há!
Em números que me assustam:



Teremos chegado ao ponto de ter que identificar os contentores do lixo como se faz a propósito dos produtos recicláveis? Será mesmo necessário espetar na cara dessas filhas de puta um sinal de "proibido"?

Vão para o caralho, mas é!



segunda-feira, 22 de outubro de 2012

As 22 dias do mês de Outubro de 2012

Rendi-me oficialmente às botas.
Aos botins, vá...



domingo, 21 de outubro de 2012

SMS para a prima

"Não me convides para ir caminhar durante, pelo menos, 2 semanas! Desconjunturei a perna direita. A julgar pela dor que sinto na virilha, o mais provável é que a perna se tenha desatarrachado da bacia."

sábado, 20 de outubro de 2012

Bem...

Vou ali fazer um bocadinho de exercício físico e já venho...




P.S. - Se notarem a minha ausência por mais de 3 dias, morri de cansaço pelo caminho.


terça-feira, 16 de outubro de 2012

Amigas para sempre

É para poder ler coisas destas que eu gosto de manter certas amizades no Facebook. ;)
E não, não são adolescentes...




segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Do futuro dos Açores

A propósito do meu post anterior e do comentário nele deixado pela minha querida AC, passo a explicar a minha reacção aos resultados eleitorais de ontem.


Devo começar por dizer que não tenho nada contra o Dr. Vasco Cordeiro, pessoa com quem nunca privei, mas que me parece simpática e acessível (embora isso não chegue) e que já me foi descrita por uma amiga comum e colega de profissão de ambos como sendo muito inteligente. Acrescento que nada tenho contra o Partido Socialista nem os seus militantes, simpatizantes e assim-assim. Não me identifico com os seus ideais políticos, mas se um dia aparecer alguém em representação daquele partido que me pareça digno de ser ouvido com atenção, cujas ideias vão de encontro aos meus princípios e valores e cujas propostas de actuação satisfaçam os meus objectivos e salvaguardem os meus interesses enquanto cidadã, não me farei rogada em votar nesse candidato. Porque considero que temos que olhar para a pessoa em questão e para aquilo que transmite ser e não para o que aqueles que o precederam no partido fizeram. Este meu argumento pode ser falacioso porque em política, nem tudo o que parece é e depois de se estar no poder é que se vê. Mas eu sou como Rousseau... o homem nasce puro, a sociedade é que o corrompe.

Porque é que eu não queria que o PS se mantivesse na condução do Governo Regional dos Açores? Porque nada vai mudar. As medidas socialistas dos "pobres e coitadinhos" vão continuar a prevalecer em detrimento daqueles que realmente trabalham. Os amigos e os parentes vão continuar a ser beneficiados.  Tolos é que eles não são! Como se diz na minha terra... quem tem padrinhos é que se baptiza. Eu não tenho padrinhos desses e orgulho-me de não ter precisado deles até agora. Mas às vezes (naquelas alturas em que chego a casa de rastos e vejo tudo ao meu redor a coçar na micose, mas ainda assim a queixar-se) bem que me apetecia...  

Por aqui, nestas ilhas que querem e não querem ser portuguesas, nestes pedacinhos de terra que se sentem ligados ao Continente, mas que não deixam de sentir uma individualidade muito própria, pouco se vai alterar nos próximos 4 anos. As tarifas aéreas vão continuar a preços exorbitantes e, inevitavelmente, a distância entre os Açores e Portugal Continental vai acentuar-se cada vez mais. Porque a companhia aérea vai ser a mesma e só aquela. Ou não estivessem lá os boys... Os Rendimentos Sociais de Inserção vão continuar a ser distribuídos a torto e a direito e aposto (um dia voltamos a ter esta conversa!) que aquela lei toda bonitinha que saiu no noutro dia vai ser só para inglês ver e vai permanecer tudo na mesma salganhada e  ao "Deus dará".

O Turismo decairá continuamente e de forma acentuada porque vir para os Açores sai mais caro do que ir passar férias para as Canárias e porque o atendimento continua ser uma desgraça. Temos em S. Miguel uma das melhores escolas de hotelaria do país, mas ainda assim os putos saem de lá com uma vontade de trabalhar e ser bons profissionais que só visto. O resultado? Apetecer-me esbolachar alguém sempre que vou a um café, restaurante ou loja... E eu sou de cá! Imaginem os pobres dos estrangeiros... É preciso dinamizar o sector! Colocar gente competente a comandar o barco. Incentivar as pessoas a trabalhar com gosto e qualidade. Eu vivo no meu mundinho cor-de-rosa, eu sei...

A nível de emprego, uns (os "técnicos" - há-os de todas as áreas, meu Deus!) vão sair de umas Secretarias e passar para outras, outros vão subir de posto e há gente que vai passar do privado para o público porque vagas vão ser criadas (o desemprego não parece afectar a função pública por estas bandas - com excepção da educação - já que nos órgãos administrativos continua a haver contratações, comissões de serviço, and so on, and so on...). No comércio e indústria, há muita empresa por aí que pode respirar fundo após o sufoco de viver na incerteza durante os últimos meses, uma vez que o Governo continua o mesmo e os seus contratos manter-se-ão. Que seria delas...?

Mudanças são necessárias, mas eu não acredito que vão acontecer. Desde logo por causa do slogan da campanha socialista: "Renovar com Confiança"... Com "renovar", creio estarem a dirigir-se aos votos de apreço pela liderança do PS nos destinos da Região. A "confiança" depositada no estilo de governação desenvolvido nos últimos dezasseis anos. Não acho que o sentido atribuído seja o de "mudar", "fazer alterações", que era o desejado. Mas cada um interpreta como entender.
Fiquei com a sensação de que na cabeça dos socialistas açorianos ontem ressoava a convicção de que "em equipa vencedora não se mexe". As minhas dúvidas são em relação ao conceito de vitória...

Estou profundamente convencida que que a derrota significativa do PSD foi causa directa da actuação do Primeiro-Ministro e do seu Executivo. Da ligação à dívida externa. Da sujeição ao memorando da troika. E não falo por convicção partidária. A sério! Estou a fazer um interpretação dos factos à luz do que a minha consciência me diz. É que ainda ontem ouvi que "não vale a pena votar na Berta Cabral porque ela é do PSD e o Passos Coelho também é do PSD e o PSD é que manda no Governo e o Governo está a cortar com tudo e a aumentar os impostos e ela cá tem que seguir as ordens que eles no Continente derem e vai ter que fazer igual". Sim... assim tudo seguidinho. Cada um sabe de si e é livre de achar o que entender. Isso é democracia. Mas preocupa-me a falta de informação e de discernimento.

E o que me entristece? Ver que a abstenção ultrapassou os 50%. "Ah, o meu voto não vai mudar nada!". Pois ... apenas entra nas contas para a existência de uma maioria absoluta ou não! O que faz diferença nas decisões que ditam o nosso destino, ó energúmenos! E depois reclamam! Português que é português reclama sempre. 

Se não manifestam a sua opinião antes, não podem criticar depois. Era assim que devia ser. 
Mas isto sou eu a pensar cá com os meus botões...





Definições


  • «A origem da expressão Jobs for the Boys aponta para o sistema de ensino clássico britânico, onde alunos ("boys") provenientes das mesmas escolas que os seus empregadores são preferidos para desempenharem determinadas funções ("jobs"). Na verdade, o significado dado à expressão é  bastante mais vasto e representa o favoritismo dado a parentes, amigos ou outros grupos com características comuns, muitas vezes na escolha para um trabalho mas também em qualquer outra situação onde existe favorecimento de uns em detrimento de outros. Em Portugal, a expressão vulgarizou-se por razões de preferências políticas.» 
(in http://www.jobsfortheboys.com)


  • "No jobs for the boys", foi a famosa tirada de António Guterres na primeira reunião da direcção do PS depois da vitória nas legislativas de 1995. O aviso tinha o objectivo de acalmar o apetite do aparelho socialista, afastado há dez anos do poder. No entanto, os números mostram que os boys não só têm um apetite insaciável, como sempre tiveram jobs. Os períodos imediatamente antes e depois de todas as eleições legislativas entre 1980 e 2008 foram aqueles em que as empresas públicas mais trabalhadores contrataram. "É evidente que são casos de compadrio ou nepotismo."»
(in http://www1.ionline.pt)


  • «A expressão "jobs for the boys" começou a ser usada em Portugal em 1995. Antes de formar o seu primeiro Governo, António Guterres avisou os militantes socialistas que não iria distribuir lugares pelo partido, dizendo-lhes com graça: "No jobs for the boys". (...) São polémicas em geral mesquinhas, onde se fala muito do dinheiro que as pessoas vão receber – e se entra no questionamento do mérito pessoal dos que são ‘premiados’ com lugares que outros ambicionariam. Discutem-se as qualidades das pessoas em termos muito desagradáveis – porque se sugere que elas não tinham categoria para ocupar os lugares para que foram nomeadas. (...) Como dizia Salazar, "em política, o que parece, é". Há muitos portugueses que caíram no desemprego, que viram os rendimentos baixar, que não têm perspectivas – e toda esta gente desesperada é uma bomba-relógio: pode bastar acender o rastilho para ela estoirar. Ora, o facto de se repetir a afirmação de que há indivíduos sem competência para os lugares que ocupam e que só foram nomeados para pagar favores partidários, gera enorme indignação. As pessoas dizem: então os mesmos que me pedem sacrifícios a mim distribuem bons lugares pelos amigos? (...) Em tempo de vacas magras, as injustiças, as situações de favorecimento, as desigualdades de tratamento são um campo aberto a todos os populismos que se dedicam a explorar o desespero e a inveja (tipo: tu não recebes os subsídios mas os do Banco de Portugal recebem). As pessoas estão insatisfeitas, e qualquer pretexto lhes pode fazer ‘saltar a tampa’. (...) O ditado "Ou há moral ou comem todos" nunca teve tanta razão de ser como nos tempos que correm.»

(by José António Saraiva in http://sol.sapo.pt)


  • «A saga continua.» 
(by Carlinha)





Cidades grandes?

Não, obrigada.
Só se for de férias.
Estou muito bem aqui no meu cantinho, perdida no meio do mar e longe de confusões.

É por esta e por outras que eu não tenho saudades nenhumas de viver em Lisboa...




domingo, 14 de outubro de 2012

Asneiras da Emma #1

A Emma veio cá para casa no dia 2 de Setembro. Desde então, posso dizer que cresceu muito, aprendeu muito, ficou ainda mais esperta e, provavelmente, deu-me o meu primeiro cabelo branco.

O grande problema desde o início sempre foi educá-la a fazer o xixi e o cocó (chamemos as coisas pelos nomes, pode ser?) no sítio certo. Isto é que tem sido uma aventura!
Decidimos que o local mais adequado para ela "morar" seria a cozinha, atendendo a que o terraço, embora espaçoso, a deixava um bocadinho desprotegida. Ela tem lá a sua casota e vai com frequência lá para fora dar umas corridas e gastar energia, mas não temos nada que se pareça com um alpendre, por exemplo, para a abrigar da chuva. Assim sendo, a menina tem a caminha, a tigela da água e a da comida, os brinquedos, tudo espalhado pela cozinha.
E o xixi? Pois, esse é que é (foi) o desatino! A nossa cozinha até não é nada pequenina (e a Emma também não é nada grande) e, por isso, ela tem bastante espaço para correr e saltar. Não está confinada a 4 ou 5 m2. Contudo, do que a menina gosta mesmo é de dar grandes corridas e, se não estamos atentos àquela criatura eléctrica, assim que pode sai disparada pela porta e vai direitinha aonde? Ao primeiro tapete que encontrar!

Ora aqui os donos tiveram a brilhante ideia, quando mobilaram a casa (deve ter sido do stress dos preparativos do casamento, só pode), de decorar a sala de jantar com um tapete branco. Um tapete branco debaixo da mesa. Onde já caiu vinho e molhos e pedaços de comida... Inteligências raras, hein? Felizmente tem sido fácil limpá-lo e não há vestígios de alguma vez ter sido conspurcado. Até chegar a Emma... Que logo no primeiro dia lhe fez em cima um belo de um xixi daqueles mesmo concentrados e amarelos, seguido de um borrão de cocó. Ainda por cima, por ser tão novinha, nas primeiras 2 semanas tinha as fezes muito moles...

Estão a ver a cagada (literalmente) que foi?




sábado, 13 de outubro de 2012

DIY

Vou só ali cortar a minha própria franja e já venho.




Ai, que a minha dor no coração acabou de se tornar maior!

Que injustiça, Deus meu...!





Só tenho uma pergunta...

... PORQUÊ?!?!?!




Porque é que viraste gay?!
Se foi por causa de um desgosto de amor, a gente trata já disso, querido...
Oh... que desilusão!!!


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Como é que se tapa o sol com a peneira?

Criando, promulgando e publicando uma lei que impõe obrigações, mas que prevê mais excepções do que regras...



Lembram-se disto?
O ministro da Solidariedade e Segurança Social, Pedro Mota Soares, anunciou no domingo que os beneficiários do Rendimento Social de Inserção (RSI) vão passar a ser obrigados a procurar trabalho, fazer formação profissional e desempenhar tarefas úteis à sociedade. Sobre esta medida, Marcelo Rebelo de Sousa mostrou-se a favor, mas também reticente em relação à aplicação prática deste anúncio: “Já é a décima vez que eu ouço isso e acho bem. O que eu me pergunto é porque é que isso ainda não acontece”, afirmou.


Hoje veio a público, no Diário da República, esta pérola:



Ministério da Solidariedade e da Segurança Social

Institui a actividade socialmente útil a desenvolver por parte dos beneficiários da prestação de rendimento social de inserção



Parece bem, não parece? Então vamos analisar mais a fundo...
O preâmbulo do diploma diz que "Uma das preocupações do XIX Governo Constitucional, em matéria de política social, consiste na revisão do regime jurídico do rendimento social de inserção, enquanto prestação de combate à pobreza sujeita a um conjunto de direitos e deveres consubstanciados na celebração de um contrato de inserção".
Ok... 15 anos volvidos sobre a brilhante ideia do nosso querido Guterres de criar o Rendimento Mínimo Garantido (Lei n.º 19-A/96de 29 de Junho, posteriormente revogada pela ainda mais espectacular Lei n.º 13/2003, de 21 de Maio, que instituiu o rendimento social de inserção - what's the fucking difference?!) é que esta gente se lembra de que é preciso fiscalizar e exigir contrapartidas... Portugal vai sempre com uma década (no mínimo) de atraso em relação ao que tem de ser feito!

Continuando... 
Refere ainda o preâmbulo que "o desenvolvimento de actividade socialmente útil surge como uma forma de activação social e comunitária por parte dos beneficiários da prestação de rendimento social de inserção, através da colaboração prestada a entidades que desenvolvem este tipo de actividades, prestando desta forma um importante contributo cívico a favor da comunidade onde se inserem, e que não se confunde com o desenvolvimento de trabalho socialmente necessário a que se encontram obrigados os beneficiários de prestações de desemprego".
Ai, que me vai dar qualquer coisinha com tanta condescendência...!

Mais... "A actividade socialmente útil pode desenvolver-se, designadamente, no âmbito do apoio à organização e desenvolvimento de projectos ou eventos ligados à prática desportiva, recreativa e cultural, do apoio à organização e desenvolvimento de projectos ou eventos de protecção do património natural e paisagístico — nomeadamente, actividades de protecção do ambiente, da fauna e da flora —, do apoio à organização e desenvolvimento de projectos ou eventos de protecção ou defesa do património arquitectónico, do apoio à organização e desenvolvimento de actividades não permanentes — como sejam, a organização de bibliotecas, arquivos e museus municipais —, do apoio à organização e desenvolvimento de actividades de apoio social, ou do apoio à organização e desenvolvimento de actividades ligadas a serviços gerais de apoio de carácter não permanente". Hum... tanto projecto e actividade de âmbito cultural... e sujar as mãozinhas, não? Já vão levar a "injecção de funcionário público".

Depois de tanto blá blá blá, eis que surgem as regras e sanções para o seu incumprimento: "Sujeita a um conjunto de regras que assegura aos beneficiários de rendimento social de inserção o desenvolvimento de outras formas de inserção na sociedade, como sejam a procura activa de emprego ou a elevação das suas competências através da frequência da escolaridade obrigatória ou de formação profissional, a actividade socialmente útil apenas pode ocupar até quinze horas semanais, distribuídas no máximo por três dias úteis. A violação grave e reiterada, pelo beneficiário, dos deveres decorrentes do presente decreto -lei, assim como a verificação de faltas injustificadas, comportam a cessação do direito ao rendimento social de inserção" [negrito nosso].
Quinze horas semanais? Quinze? Para receber €800?! Uau...tanto! Que estafa...

Vou abster-me de dissecar o conteúdo dos artigos desta "coisa", ressalvando apenas algumas passagens:
  •  "A actividade socialmente útil caracteriza-se pela realização de tarefas que, na sua maioria, não integram o âmbito do conteúdo funcional dos lugares previstos no quadro de pessoal ou nos instrumentos de regulamentação colectiva aplicáveis ou não se sobreponham às desenvolvidas pelos trabalhadores da entidade promotora". - aka "fazer corpo presente".
  •  "A actividade socialmente útil é compatível com as aptidões do beneficiário, bem como com as suas habilitações escolares, qualificação e experiência profissional, e respeita as normas gerais e especiais relativas às condições de trabalho, designadamente no que concerne à segurança, higiene e saúde no trabalho". - aka "não fazer nada por falta de massa cinzenta".
  •  "Ficam excluídos da prestação de actividade socialmente útil os beneficiários que:
a) Recebam prestações de desemprego;
b) Se encontrem a exercer actividade profissional ou a frequentar qualquer grau de ensino, acção de formação profissional ou outro tipo de actividade no âmbito de medidas activas de emprego;
c) Se encontrem a prestar apoio indispensável a membro do seu agregado familiar, de forma permanente;
d) Sejam vítimas de violência doméstica acolhidas em casas de abrigo".

  • "O limite máximo semanal de duração da actividade socialmente útil é de quinze horas, distribuído no máximo até três dias úteis, e sem ultrapassar diariamente seis horas"
  • "O beneficiário tem direito a transporte, alimentação e seguro de acidentes pessoais, da responsabilidade da entidade promotora".


Vou ali vomitar um bocadinho e já volto.


Aqui está ela!

Agora já mais crescidinha.
2,5 kg de pura electricidade.
Não se deixem enganar pela carinha fofa, que isto é um demónio de 4 patas...! ;)



"Este é o meu ar de sonsa, a fingir que não fiz asneiras."



"Eu juro, juro que não estava a roer a cortina!"



"Isso é um bombom que tens aí, é um bombom?!"



"Pá, quero brincar às lutas, às corridas e às dentadas, mas esta gente não acompanha o meu ritmo! Estou amuada..."


True story!

Este cérebro é um coisa do outro mundo...!

Se tivesse ficado de vez acordada às 5h30 agora andava aí a bater com a cabeça nas paredes. Fico acordada mais um bocadinho e depois fecho os olhos para descansar uns minutos antes de me ir arranjar... acordo com ganas de exterminação da espécie humana e estou na mesma a bater com a cabeça... na parede, na secretária, no teclado...

Como eu gostava de poder tomar café!




Just not my thing


Deitar tarde e cedo erguer.
Something's wrong...

Emma do caraças! Quem é que quer brincar às 5h30 da manhã?!




terça-feira, 9 de outubro de 2012

O mundo gira...

... o tempo passa e as coisas mudam.

Eu não gosto de mudanças. Fazem-me sentir que estou a perder o controlo das coisas. Mesmo que essas mudanças se venham a revelar positivas, passar por elas significa viver em constante ansiedade e eu não lido bem com isso.

Sei bem que é preciso andar para a frente, tentar coisas novas, experimentar situações diferentes. Sei que é preciso fazer alterações na vida, sob pena de estagnarmos e nos perdermos no tempo... 

Mas fico nervosa, pronto.



segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A minha cria cresce

Embora se saiba à partida que não será muito grande, a Emma já cresceu tanto desde que veio cá para casa! 
Só comecei a notá-lo pelas fotos, mas agora é fácil constatá-lo pela energia que tem o dia inteiro, pela velocidade com que nos escapa por entre as pernas, pela força com que arrasta as coisas pela cozinha fora, pela capacidade de trepar à mesa da sala, pelas marcas que as suas "dentadinhas" me deixam nas mãos e nos pés...










sábado, 6 de outubro de 2012

Gand'anormal!

Era só uma cabeçada. Só uma.
Cagavas-te todo, palhaço de merda.



Mud"ice-tea"?

Mudei-me.
Para um paraíso tropical.
Que de paraíso neste momento tem muito pouco e de tropical tem as tempestades. Seguidas.
Ao menos ali perto do Equador sempre vão gozando dias de praia fantásticos entre cada intempérie. Por aqui tem sido "hoje sim, amanhã sim senhor".
E isto de acordar às 7h30 da manhã num sábado porque o vento faz mais barulho do que a Emma a ladrar não me deixa muito bem disposta...




Alta protecção



Sim... porque se aparecer um larápio, a velhota dá-lhe com a malinha de ombro pela cabeça abaixo até deixá-lo inconsciente.
Qual Chuck Norris, qual Batman...? Quando em perigo, chamem a Brigada da Terceira Idade!



quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Quereis saber qual foi a minha prenda de aniversário de casamento, quereis?

Esta aqui. O mais recente amor da minha vida.
Apresento-vos a Emma. :)











segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Ora então aqui vai:

Do meu Verão:

Este ano, a bela da estação resumiu-se ao mês de Julho, basicamente. E claro que eu estava a trabalhar! Tirei férias nas últimas duas semanas de Agosto, quando o tempo esteve uma verdadeira merda. Pontaria...
Em compensação, tivemos cá os primos de Lisboa, pelo que o que não faltaram foram passeios e jantaradas  regadas a vinho tinto e muitas gargalhadas. É que os primos são do Maridão e a família é muito unida, pelo que quando os de lá vêm de férias e se juntam com os de cá, temos um dose de loucura de 8 casais (de primos). E quando os "adultos" também alinham, está o caldo entornado. :D


Da trabalheira:

Ainda durante as férias, os azulejos do chão da nossa sala de jantar ganharam vida e levantaram-se. Simplesmente descolaram! Toca a ir procurar azulejos minimamente parecidos para substituir os que eventualmente se partissem ou não se conseguissem voltar a colocar no sítio. Percorrer todas as lojas da especialidade. Pôr a casa de pantanas arrumando tapetes e objectos de decoração, retirando cortinados, cobrindo os móveis e selando as portas dos quartos com plástico para diminuir ao máximo o pó que sabíamos que aquela obra ia provocar. Tratar disto tudo numa sexta-feira porque o empreiteiro viria no sábado. Empreiteiro não veio. Afinal só podia na segunda-feira ao final do dia. Carlinha a gritar com Maridão por ter a casa numa revolução antes do tempo, por ter tudo fora do seu respectivo sítio, por estar sem televisão e por ter que andar a colar e descolar plásticos das ombreiras das portas sempre que queria entrar ou sair de uma divisão.
Segunda-feira levar com pó (do cimento retirado da base dos azulejos antigos com a rebarbadora) até às cuecas.Tentar limpar o grosso da coisa e acabar com o cabelo tipo palha-de-aço e com as mucosas nasais entupidas (macaquinhos pretos, pretos, louva a Deus!). Perceber, na manhã seguinte, que o pó assentara todo novamente e que eu ia andar de rabinho para o ar nas limpezas outra vez, nomeadamente a tentar limpar o tapa-juntas preto (!) que havia sido dado não só na zona dos azulejos que haviam sido substituídos, mas (já agora) no chão todo. Fazê-lo sob um calor de morte e com o mínimo de roupa possível, pois as gotas de suor caíam em bica (mesmo!). Acabar o dia toda manchada de preto, como se fosse maquilhagem de guerra, tipo "camuflado". Ele foi mãos, pés, braços e pernas. E na cara, pois está claro! Linda de morrer. E novamente com macaquinhos pretos.
Limpezas feitas, toca a arrumar tudo nos seus lugares. Senti-me em mudanças e detestei! Ou não tivesse eu vivido em Lisboa em quatro casas diferentes, de todas as vezes arrastando a tralha atrás... :P


Do dói-dói:
Casa limpa e arrumada, Maridão vai para o terraço dar uma mangueirada na porcaria que ficou lá feita. Agarra nos azulejos que sobraram para os levar para a arrecadação e deixa cair um no pé. Certinho no centro do peito do pé. Um canto com arestas bem afiadas. Corte profundo, sangue a jorrar. Maridão, que é hipocondíaco, manteve-se (para minha surpresa), bastante calmo. Dei-lhe eu uma mangueirada no pé, desinfectei o corte e fiz-lhe um penso à papo-seco, só para aguentar até casa dos pais dele, que são ambos enfermeiros e que lhe fizeram a sutura. Resultado para o Maridão: baixa de 15 dias. Resultado para a Carlinha: ter que lhe dar dose extra de mimos (como se os que lhe dou fossem poucos!) ao fim do dia, no regresso do trabalho, porque marido com dói-dói é marido carente. No meu caso: muito carente!


Do blog:

Falta de inspiração e de paciência + ausência de sentido de humor = Descomplicómetro ao abandono.
Até me esqueci que o coiso completou 1 ano de existência na madrugada de 31 de Agosto para 1 de Setembro. Desnaturada...



Do aniversário de casamento:

Celebrado com um simples, mas muito agradável, jantar a dois no nosso restaurante favorito.
Receber antecipadamente a melhor prenda de sempre... ;)




Bad brain, bad!

É segunda de manhã e estou aborrecida até aos cabelos. Não, ainda não "acordei"...
So what else is new?!

Estou a fazer uma pausa no trabalho (que hoje está a apetecer-me imenso... not!) para vir desabafar o que me vai na alma. Que nesta altura do campeonato significa despejar palavras que me estão contidas há demasiado tempo por falta de paciência. Não são lamúrias nem alegrias, notícias bombásticas, boatos, nem resultados de uma investigação. São bocadinhos de mim que não tenho partilhado porque (pasmem-se!) perdi vontade de escrever. É, não é normal... falta de paciência para escrever. É com cada uma... 
Não escrevo aqui nem nos blogs que sigo com o coração. Leio-os a todos, mas já não consigo comentar com a mesma vontade. É uma estupidez, eu sei. Será mais uma forma de o meu cérebro estúpido me "amarrar" às suas neuras?

Hoje dou-lhe a volta e despejo tudo o que está em atraso. Porque não o posso deixar vencer. Puta que o pariu se o deixo vencer!

Carlinha is back!



Nota:
Desculpem estar a repetir-me (http://descomplicometro.blogspot.pt/2012/09/vamos-la-por-coisa-em-dia.html), mas é para reforçar a ideia a mim mesma. ;) 


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